8º Capítulo - Proteção
8 - Proteção
Meu pai olhava com rancor para Bruno, como se o Bruno fosse um ladrão, aliás, o ladrão da pedra mais preciosa de sua mina. Como se tudo estivesse a ponto de desabar. Olhares inigmáticos que eu me perguntava se o Bruno era capaz de desvendar.
Quando minha mãe decidiu sair com todos para dar um passeio pelo jardim lá de casa - minha mãe os levou para casa, enquanto eu e o papai ficamos num restaurante.
- Eu não admito isso, você não ama esse Bruno Martês...
- Mars, pai! - corrigi.
- Que seja, não ama, é só um gosto musical...
- Eu o amo sim, pai! Eu não admito que nem você nem ninguém diga o contrário! Não gostaria de brigar com você nem com o Jacke, Thomas, mamãe, Chelsea, Dalia e até o Oscar por causa disso, ouviu?
- Não! Você não o ama e eu não permito esse namoro!
- Você é muito autoritário, pai, não pode dizer o que eu sinto!
- Posso sim e olha, eu não deixo você o namorar!
- Quer saber? Tchau! - disse, indo embora, pegando minhas coisas, bolsa, blusa e tirei 100 reais da carteira para pagar a conta.
Peguei meu porsche amarelo turbo 911 e arranquei com o carro. Talvez eu tenha esquecido de citar que meus pais eram bem de vida, seus nomes sempre apareciam nas colunas das revistas mais renomadas.
Liguei meu celular e havia várias ligações perdidas, quando o sinal estava vermelho atendi o Jacke.
- Jacke eu não vou voltar!
- Pára com isso Katherine! Vem logo! - gritou.
- Não, eu não vou! Já voltaram pro restaurante, é?
- Estamos te esperando aqui!
- Já disse que não vou!
- Se não vier quebro seus CD's autografados, seu notebook, seu computador, rasgo as páginas dos seus livros da saga Crepúsculo e acabo com todo o seu quarto, entendeu? Estamos te esperando aqui. - desligou na minha cara.
Tive que voltar, mas estava com tanta raiva do Jacob que podia arrancar sua pele com minhas unhas.
- A chave! - gritou papai de longe. - Me dê a chave! - disse quando chegou mais perto.
- Pai, eu só...
- A chave! - gritou, insistindo e interrompendo-me.
- Toma sua chave! - a joguei e peguei as minhas coisas do carro, bati a porta e sai andando.
- Kate! - disse Jacke.
- Não enche garoto! - disse mais nervosa do que eu achei que poderia ficar. Bruno me pegou por trás e veio falar comigo.
- Kate, o que tá acontecendo?
- Meu pai, ele quer que eu termine com você!
- Não precisa ser assim, brigar com eles!
- Hoje eu tô muito nervosa Bruno, acho melhor conversar com ele outro dia. - dei enfâse no ELE - Eu não briguei com os outros. Papai me pegou pelo outro braço e disse:
- Temos que conversar.
Ele me puxou para dentro do restaurante, bar, lanchonete ou seja lá o que aquilo era. Me pediu desculpas.
- Eu nem sei o que me deu! Tome sua chave!
- Desculpa pai, eu não queria brigar - continuei, choramingando.
- Eu já disse que não sei o que me deu!
- Proteção, pai, proteção!
- Vem aqui Kate! - me sentei ao seu lado - Você o conheceu agora minha filha, é por isso!
- Entendo pai, só não quero que você faça de mim uma pessoa infeliz!
- Entendo você também filha! Peça desculpas ao Jacke, os outros entenderam, mas ao Jacke, ouviu?
- Vou tentar.
Jacke me abraçou, eu nem sei se consegui respirar no momento, mas retribui o abraço. Conversamos e ficou tudo numa boa! Mas feliz mesmo quem ficou fui eu. Numa velocidade permitida levei todos para casa. Óbvio que o meu pai fez questão de preparar um quarto para o Bruno dormir bem separado de mim, rs. Mas eu entendo meu pai, é só proteção, apenas proteção da filhinha dele!
[Continua...]