10º Capítulo - Amor
10 - Amor
Eu tentei lutar contra tudo, contra meu coração, contra meus sentimento, mas fui incapaz de resistir ao doce aroma que vinha da pele do Bruno, eu tentei apenas abraçá-lo e beijá-lo, tentei não estrapolar limites, tentei não desabar em seus braços, mas como disse, apenas tentei. Eu não podia nada contra o amor, nada.
- Bruno, meu pai pode vir! - alertei.
- A porta tá trancada - disse-me ele.
- Mas Bruno, ele vai ir até o seu quarto e vai ver que você não tá lá.
- Eu invento qualquer desculpa - disse-me ele depois de um beijo longo, ainda arfando, me tirando da janela e pulando de um jeito brincalhão em minha cama. Antes que eu pudesse tentar fugir (coisa que eu sabia que não faria) ele me pegou pela cintura e me puxou para si. Fiquei arfando também e fechei os olhos para sentir mais uma vez aquele perfume enlouquecedor. - Só peço para que não fuja de mim agora!
- Não fugirei, eu não fugirei. - prometi.
- Eu nunca quero te perder - disse-me, ao tirar minha camisa. - Nunca! Eu nunca amei ninguém assim! Nunca - afastou-me dele e ainda com as mãos em minha cintura continuou - E eu prometo para você que vou tentar ser o melhor.
- Você já é o melhor! - disse a ele, ao tirar sua camiseta listrada e logo voltar de encontro aos seus lábios.
- Eu quero tê-la sempre perto de mim! - disse-me ainda arfando.
- E eu mais do que você pensa, muito mais! - eu não conseguia parar de beijá-lo, a não ser quando ele me afastava de seu corpo, olhando-me nos olhos e eu dava de tudo para poder observá-lo por um longo tempo.
Já amanhecia quando estava deitada com a cabeça em seu peito quente, eu ouvia seu coração bater e a cada gesto que eu fazia ele acelerava.
- O seu perfume é o melhor que já senti - disse-me.
- Rá! - levantei-me para olhá-lo - O seu perfume é o melhor que já senti, o seu! - enfâse no 'seu'.
- Pare com isso! Você se acha tão terrível e horrível? - indagou.
- Não acho não, sou até bonitinha.
- Rá - riu ele - Até bonitinha? Você é a mulher mais linda que eu já vi na vida!
- Obrigada Bruno! - corei - Agora, levante-se e vá para o seu quarto! Enquanto isso vou tomar um banho!
- Eu vou arrumar sua cama - me disse.
- Pare! Não precisa! - gritei.
- Precisa sim! E fale baixo! - ele me deu um beijo - Te vejo no café da manhã amor.
- Tudo bem Bruno.
Tomei um banho quente, lavei meu cabelo. Com os cabelos ainda molhados mas pentiados, saí do banheiro e fui para o meu quarto. Vi que ele arrumara a cama muito bem. Desci as escadas, vagarosamente - com medo não sei do que - e sentei-me na mesa. Ninguém tinha acordado. Também, chegamos quase 2 da manhã em casa. Peguei as coisas necessárias para um bom café da manhã e montei a mesa sozinha. Ficou linda e perfeita.
Trinta minutos depois, o Bruno aparece para comer.
- Como o pessoal da casa anda preguiçoso - comentei, esticando meu braço por sobre a mesa para que nossos dedos se encontrassem.
- Deixa, quanto mais tarde melhor.
- Fiquei surpresa - disse enquanto passava requeijão numa torrada - por meu pai não ter ido dar uma visitinha no seu quarto essa noite.
- Ou sua mãe o prendeu no quarto ou ele capotou de vez - rimos juntos.
Os minutos foram se passando e começaram a acordar.
- Oi bela adormecida! - disse para minha mãe - Bom dia mãe!
- Bom dia Bruno, bom dia filha.
- Você tá péssima mãe, o que aconteceu?
- Baita dor de cabeça e ainda seu pai fez questão de não me deixar dormir - olhei para Bruno, Jacke e Thomas, nós todos demos risada, menos a mamãe. - Rá, seus maliciosos - nenhum humor - Ele me acordava toda hora para dizer que ia ao quarto do Bruno, sorte que eu o tranquei e disse que ele ia levar uma sapatada se levantasse.
- Tudo bem mãe - disse, enquanto engolia a última torrada. - Agora vou andar de bike com o Bruno! Vem Bruno - disse puxando-o da mesa quando ele pegava um pedaço de queijo.
[Continua...]