15º Capítulo - Visita
15 - Visita
Saí com o Bruno depois de ele se arrumar. Fomos à alguns pontos turísticos de São Paulo e depois marquei uma viagem para Fernando de Noronha com ele. É um arquipélago muito bonito! Só que enquanto andávamos, uma garota pára o Bruno. Quase falei pro Bruno correr e imaginei como seria fugir de uma fã. Não era uma fã! Era muito pior!
- Peterzinho? - gritou, histérica, logo dando um beijo no rosto do Bruno, eu ia defendendo o Bruno quando ele me impediu.
- Que foi agora? - perguntei, nervosa.
- Ela é minha prima! - disse, me passando vergonha. Me recoloquei em meu lugar. Era óbvio que ela queria algo mais com o Bruno.
- Oi, sou Katherine, noiva do Bruno. - ele me olhou assustado, sabendo que eu queria causar ciúmes nela, depois para não magoá-lo expliquei... - Que foi? Você me pediu em casamento, eu ainda não decidi a data, fiquei indecisa e por isso sou sua noiva. - o queixo daquela garota caiu e ele sorriu para mim e me girou no ar.
- Eu precisava ouvir isso de você! - me disse, ainda sorridente. Seus dentes pareciam refletir a luz do Sol de tão brancos.
- O quê? Bruno, eu não sabia que ia se casar! - disse, histérica.
- Ainda não marcamos a data! Mas somos noivos... Eu falei para todos da família que eu estava namorando a Kate! - disse, enfrentando-a.
- Menos pra mim! - disse.
- Mas eu falei, ok? Você devia ter perguntado para eles! - disse o Bruno.
- Perguntado o quê sendo que eu não sabia de nada? - ela apertava as mãos e contraia os dedos com raiva.
- Eles deviam ter te falado! - aumentou o tom.
- Tudo bem! - disse me irritando com o seu jeito. - Eu não tenho nenhum lugar para ficar! Posso ficar onde você tá hospedado?
- E por quê veio pra cá? - perguntou, já nervoso. Eu sentia seu sangue pular mais forte quando pegava em seu braço.
- Eu tava com saudade! - senti algo mais que isso quando ela falou. - Depois eu volto!
- Volta agora! - insistiu o Bruno quase gritando.
- Não, afinal, onde você se hospedou? Somos primos, hello! Não tem nada que possa acontecer, ou tem? - insistiu, tentando passar a mão em seu peito.
- Olha aqui garota... - eu disse.
- Isabella! - corrigiu-me e me interrompeu.
- Tanto faz! Ele é meu namorado e ele não quer nada com você! Não poderia acontecer nada! E ele tá hospedado na minha casa! - enfâse no 'minha'.
- Ok, garotinha! - disse colocando aquelas unhas postiças na ponta do meu nariz. Eu tirei o braço dela do meu rosto.
- Garotinha não, noivinha do Bruninho fica melhor. - provoquei, me virei e saí. O Bruno veio atrás de mim.
- Ei, você não quer se casar comigo. - parei e o incarei, triste. Como ele poderia duvidar? - Quer fazer ciúmes pra Isabella!
- Não, eu te amo e usei o artifício de estar quase noiva para jogar, aliás, esfregar na cara dela!
- Então me quer como troféu? - indagou Bruno.
- Não, eu te amo! Ok, eu sou uma tonta! Desculpa! - corri, e pude ouvir algumas gargalhadas da prima perua do Bruno.
- Não! Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir! - me pegou pela cintura e me levantou. Pude ver a inveja no rosto de Isabella.
- Não tá bravo comigo?
- Nunca! EU TE AMO! - gritou, várias pessoas tiraram fotos, ao fim, eu o beijei.
Se aquela perua toda cheia de si pensava que ia estragar tudo comigo e com o Bruno, ela estava muito enganada. Ela veio até nós:
- Ok! Bruno, eu posso ficar com você? - ela tá implorando um tapa!
- Olha... - disse.
- Calma insegurança em pessoa, tô falando no mesmo apartamento, hotel, sei lá, quero ficar no mesmo teto que você, porque eu não aluguei nada! - me interrompeu.
- Peça a ela! - disse Bruno, gesticulando para mim.
- Por favor... - começou a se humilhar.
- Não se humilhe. Te deixo ficar lá. Afinal, daqui a pouco a família do Bruno será minha família! - ouvi ela murmurar algo como "Nunca!", mas ignorei. - E senhora insegurança é sua... - não posso ofender a família do Bruno - mente!
Ai! Eu não quero aquela metida, aquela chata na mesma casa que eu! Aliás, na minha casa! Eu não suporto aquela estraga prazeres, aquela invejosa! Falsa!
[Continua...]