14º Capítulo - Noiva
14 - Noiva
Eu curtia a ideia de me casar... Fiquei atordoada pensando no que poderia se realizar, pensando no que eu iria fazer da minha vida, se ela seria monótona, enfim, o que aconteceria comigo. Me perguntei se depois de uma primeira briga tudo acabasse, se eu o amava tanto quanto ele me ama ou se eu realmente o amava - tinha que refletir sobre isso, só que duvidar de meus próprios sentimentos fez eu me sentir muito mal, me deixou inquieta até certo ponto que tive de descer as escadas rápidamente para falar com o Bruno que eu nem sei como que eu não tropecei e fiquei sem meu nariz ou sem um dente - ri muito disso, por dentro.
- Bruno - disse ao abrir a porta - Tudo bem, eu não tô nem ligando se você entender ou não! - soltei tudo como um jato - Eu te amo, mas me perguntei se eu realmente te amava a ponto de me casar a essa idade, e enquanto me perguntava sobre o que poderia acontecer comigo, é claro que eu estou falando de vida profissional, ou seja, se eu seria feliz e se nosso amor resistiria e se terminaríamos na primeira briga, depois me perguntei se te amava e isso me magoou! - não sabia ao certo se ele me entendeu, mas eu não repetiria tudo de novo.
- Quê? - perguntou. Enquanto eu me preparava para ir embora do quarto ele me pegou pelo braço - Eu entendi bobinha - sentei de novo.
- Entendeu? - agora eu tenho certeza de que ele é mutante.
- Não se preocupe, temos que nos perguntar isso para saber realmente o que sentimos! - óh, sábio das arábias. Eu ri e ele entendeu.
- Tudo bem - disse ainda rindo - mas isso demonstra que dúvido do nosso amor, não é? - estava pronta para me desesperar.
- Não, demonstra que você sabe resolver bem as coisas, que pensa bem nos seus relacionamentos. - ele estava certo.
- Obrigada Bruno! - o abracei e depois o beijei, estava me preparando para sair do quarto.
- Eu posso ir com você? - perguntou, dando um sorriso que sempre me derretia.
- Ai, pode! - disse cobrindo os olhos com as mãos.
- Por que tá fazendo isso? - perguntou.
- Porque eu não resisto a você! - eu estava pronta para lhe dar um beijo quando afastei-me dele quando faltava um centímetro para nossos lábios se encontrarem, e fugi dele, fazendo-o correr atrás de mim.
Chegamos no meu quarto e eu o interrompi antes de beijá-lo novamente.
- Eu preciso tomar um banho! - disse afastando-o não sei como, pois eu não conseguira nunca interromper um beijo nosso.
- Eu vou com você! - disse, me levantando, ligando o choveiro e enchendo a banheira e ainda estavámos com roupa.
- Ei, eu preciso tirar minha roupa né seu louco?
- Louco por você! - disse, me despindo e atirando-os (eu ainda estava em seus braços) na banheira.
Mamãe era sempre atenciosa aos meus desejos de princesa e deixara ali uma garrafa de champagnhe (eu pedi um dia desses antes de viajar pois era um sonho - babaca mais era. Peguei as taças mais próximas - estavam limpas, amém! - e nos servi. A espuma às vezes tapava seu rosto e eu lutava contra ela para poder observá-lo.
- Eu preciso tomar meu banho! - insisti. Ele tirou as taças de nossas mãos e me beijou.
- Não enquanto eu puder ficar nessa banheira com você! - insistiu também.
Creio que trinta minutos depois - perdi a noção do tempo outra vez - ele e eu saímos da banheira. Eu tomava meu banho e ele tomou o dele também. Eu gosto de demorar no banho, então fiquei lá enquanto ele se trocava. Ele já estava com roupa quando ouvi a voz da minha mãe.
- MÃE? - perguntei histérica para ela, se ela estivesse ali.
- Eu, filha! - desesperei e quase gritei.
- Nada não! - eu não sabia mentir, mas meus dotes de atriz deveriam ser usados ali. - Ai, eu vou ter um infarto do coração, tô falando sério! - disse, para descontrair.
- Tá bom filha - disse minha mãe ainda rindo - deixa eu pegar meu shampoo aí no seu banheiro filha. - ela tentou abrir a porta e viu que estava trancada. - Por que trancou a porta?
- Eu tô tomando banho mãe! Depois eu te dou o shampoo! - disse, me saindo excelentemente como atriz.
- Tá certo.
- Por pouco. - disse para o Bruno e tive certeza de que minha mãe ouviu depois de ter feito a besteira.
- O quê? - perguntou minha mãe.
- Por pouco, eu deixei você ir, te quero de volta, volta para mim! Por pouco, láláláláia! - fingi, inventando uma música sem ritmo, o que me envergonhou na frente do Bruno. Mamãe pigarreou a garganta e ouvi a porta se bater, quando eu ia abrindo a porta do banheiro ela entra novamente. Dessa vez não consegui trancá-la a tempo. Peguei o Bruno e olhei para a banheira. Ele se jogou nela e eu dei um empurrãozinho para ajudar. Depois o ajudei a se esconder direito na banheira cheia de espuma.
- Eu vou pegar...
- Toma mãe, até mais! - disse a interrompendo e dando o shampoo na mão dela.
- Mas é o vermelho o meu! - me corrigiu, pois eu tinha dado o azul.
- Toma mãe, vou boa a sua visita, tranque a porta e eu te vejo lá em baixo. - coloquei ela para trás e tranquei a porta.
O Bruno saiu da banheira arfando, para que minha mãe não ouvisse-o cantei um outro ritmo inventado. Depois que tive certeza que ela saiu morri de rir com o Bruno.
- Eu vou pegar uma roupa para você lá em baixo, amor! Tenho certeza de que a minha mãe vai saber que esteve aqui se você descer cheio de espuma no cabelo e todo molhado! - não consegui conter o riso.
- Rá, rá! Eu nunca segurei a respiração por tanto tempo na vida, mocinha!
- Eu vou lá pegar, molhadinho! - brinquei.
- Tá! - resmungou.
- Ah, só abre se eu bater 4 vezes na porta, e tranca! Tenho certeza que meu pai não gostaria de ter ver aqui! Ah, não senta na minha cama não! - disse, colocando um papel embaixo daonde ele ia sentar - Não se mexe daí! Se molhar minha cama eu te afogo num barril de espuma! - zoei ele um pouquinho.
[Continua...]