16º Capítulo - Você e Eu
16 - Você e Eu
Eu descidi esquecer tudo o que aquela garota planejava contra mim e o Bruno, afinal a minha raiva não me levaria a nada, a não ser terminar com o Bruno - meu coração apertou quando eu disse isso, e com certeza isto estava fora de cogitação! Fui para meu quarto, porque o Bruno estava lá. Mais uma vez a lua iluminava todo o meu quarto - já era noite - e eu apenas observei o reflexo da luz em seus olhos, enfim, nele. Eu era uma boba adolescente apaixonada, porque tudo que ele fazia, eu achava o máximo. Vendo em uns amigos meus, era totalmente sem graça.
- Bruno - bati na porta antes de entrar.
- Oi Kate - seu tom era desanimado, ele queria me ferir por dentro?
- O que eu fiz? - era óbvio que a culpa era minha, ele ia terminar comigo?! Não, eu não posso suportar essa ideia.
- Não é você, é ela. Eu sei que não quer ela aqui. Eu sei! - ele sabia muito bem! Ah! E ufa, ele não terminou comigo, rs
- Eu não quero ela aqui pelo fato de ela te querer! - ele sabia disso novamente.
- Eu sei, mas não me sinto bem em ver você recusando um lugar pra minha prima ficar. - disse ele. Não tive palavras, mas elas saíram, não foram tão audíveis, mas deu pra entender.
- Eu não estou negando um lugar pra ela, mas talvez ela pudesse ser mais amígavel, gentil, que se possa conviver! - ele me entendeu, isso foi o melhor.
- Ela nunca vai ser isso, você sabe. Do mesmo jeito, obrigado por entender. - de nada meu amor, rs.
- E então, posso saber sobre vocês? - perguntei, anciosa por cada detalhe, não só dela, mas da família do Bruno.
- Não existe nós sendo eu e a minha prima, ok? - ele estava nervoso ou era impressão minha?
- Só quero saber o que houve entre vocês, por que ela é assim... - ele me cortou!
- Eu nunca tive NADA com ela. Satisfeita? - rude.
- Eu não quero saber só sobre ela, quero saber sobre a sua família Bruno. - minha voz estava mais baixa, talvez aparentasse derrota.
- Desculpa tá? Não quero que cogite que eu já tive alguma coisa com ela. Ouviu bem? - disse ele, com a voz suave que eu admirava tanto.
- Ouvi, mas agora não quero conversar mais. - eu morria de rir por dentro.
- Ah não? Então o que...
- Shhhhhhhhh - cortei e o beijei. - Um beijo vale mais que mil palavras, rs. E para bom entendedor meia palavra, digo, meio beijo basta - eu ainda ria por dentro.
Eu ouvi alguém subir as escadas e me levantei, o Bruno graciosamente me puxou de novo para si, mas eu fiz mais um "Shh" pra ele e me levantei, aos poucos. Cinco minutos depois, nada. Então ele me puxou novamente. Agora estava mais tranquila. A porta, no mesmo instante em que fui puxada, abriu-se rápidamente e ouvi Isabella dizer, perplexa:
- Mas o que está acontecendo aqui?! - ela é minha mãe por acaso?
- O que você está vendo! - tinha que zombar um pouquinho.
- Bruno! Não foi isso que seus pais te ensinaram! Eles te ensinaram a respeitar uma garota. Mas se nem ela se dá ao respeito! - fui para cima dela e não resisti à um tapa. Ela caiu (garota fraca) e ainda ameaçou.
- Eu vou contar pra todos os jornais aonde você tá Bruno! Espera só! Você não podia ter feito isso comigo! NÃO PODIA!
- Ela é minha namorada, e não você; você não tem nada a ver com a minha vida, eu faço dela o que eu bem entender. - amei.
- Agora sai do meu quarto! - gritei, não tão alto, mas foi o necessário.
- Peraí - ela tinha uma cara de sacana agora - se vocês estão aqui, levaram um susto, e tudo mais... Me diz, seu pai sabe disso aí? - garota irritante! Meu olhar de espanto revelou tudo, ela sabia que não - Rá rá, então quer dizer que não? Vou adorar contar - ela saiu. Ela esperaria o momento certo e meu pai não estava em casa.
- Garota chata! - eu estava nervosissíma!
- Mas a gente não vai deixar ela estragar a noite que nem começou ainda, né?
- Não Bruno, não vamos! - meus olhos se encheram de brilho, eles refletiam a luz da Lua, tão intensamente.
- Vem, vou te levar para um lugar.
- Eba, adoro surpresas.
- Mas você vai no banco de trás Kate.
- Qual é Bruno, por que isso? - surpresa.
- Porque é surpresa né bobinha? - tô começando a achar que ele realmente lê pensamentos.
Chegamos num hotel maravilhoso, lindo mesmo. Subimos até o seu apartamento.
- Que lindo Bruno. Maravilhoso!
- É mas nós vamos ter uma noite amizade, pode ser?
- Claro que pode, com você eu topo tudo. Afinal acho que o senhor estava indo rápido de mais né? - eu ri muito e ele me abraçou por trás e me beijou.
- Se eu resistisse a você poderia ser. Mas como não resisto. - ouvimos várias gritarias lá em baixo e fomos ver pela janela. Eram paparazzis!
- Ela contou! - disse Bruno, nervoso.
- Eles nunca vão nos ver aqui! - eu queria que isso fosse verdade, mas ao ver um tirando fotos de nós dois aos beijos de um outro prédio, quis me corrigir - Esquece, eles vão sim!
- Então tá, pra onde a gente vai? - perguntou, rindo de mim.
- Tem uma praia aqui por perto, vamos? - eu só queria mesmo ficar num lugar calmo com ele.
Chegamos numa praia de águas cristalinas, eu corri atrás do Bruno, ele atrás de mim. Pulei em suas costas e quase nos afogamos quando caímos. Rimos muito, muito mesmo. Mas eu tinha me esquecido da Isabella lá em casa. Se meu pai chegasse e ela contasse? Eu me acalmei, tudo com o Bruno estava indo tão bem, não estragaria o momento.
- Eu quero me casar com você! Eu te acho lindo, eu te amo! - continuei, sem entender meia palavra do que dizia, eu estava bêbada de sono - E você é lindo Bruno! Quanto tempo eu esperei para ter você aqui heim?
Eu acordei, estava deitada no meu quarto e o Bruno me observava do lado.
- Nossa, não me lembro de nada, à não ser dos fotógrafos no hotel.
- Não se lembra do "Ai Bruno você é lindo, eu te amo" do "Ai Bruno eu quero casar com você!" - ele ria de mim.
- Quando?
- Ontem, futura esposa! - ele quis tirar uma casquinha.
- Heim?
- Eu também te amo sua boba! Pena que disse isso só porque estava cansada e sem razão.
- Com você eu posso ter razão?
De repente a porta se abre e eu vejo, a sombra igualzinha do meu pai. Me viro e era ele! Ai, agora eu tô perdida!
[Continua...]