12º Capítulo - Casamento
12 - Casameto
Chegamos em casa e guardamos a bicicleta na garagem. Meu pai esperava carrancudo na sua poltrona.
- Bom dia pai! - disse dando um beijo na sua bochecha direita.
- Mau dia para você também filhinha! - disse com a mão em meu rosto, um segundo depois do meu beijo em sua bochecha, ih, lá vem bomba, com certeza iria estragar todo o meu dia.
- Bom dia seu Gregory! - disse, educadamente Bruno e eu o admirava por isso pois eu não teria a mesma educação.
- Mau dia para você também genrinho! - a palavra "genrinho" saiu entre os dentes.
- Porque mau dia pai? - disse, sentando em seu colo e de frente para o Bruno, tendo que dar a volta na poltrona para não ficar de costas para o meu Bruninho.
- Sua mãe me dá nos nervos. - disse, nervoso.
- Que eu saiba, foi você que não deixou ela dormir. - contei.
- E que eu saiba - tom de zombaria - foi ela que me impediu de sair do quarto.
- Com razão né pai? - obrigada mãe, obrigada mãe.
- Com razão coisa nenhuma! Eu só queria ver se estava tudo nos conformes! - disse, ainda entre os dentes.
- Tudo bem pai, eu vou subir com o Bruno!
- Espera aí mocinha! - melou tudo!
- Que foi pai? - disse, já cansada.
- Independente do que acontecer! - disse envergonhado e quase corando, mas depois se enrijeceu - Eu quero que case com minha filha Bruno - disse, virando-se para ele.
- O quê? - gritei, eu só tinha 19 anos e o Bruno nem ia querer, eu acho.
- Eu aceito! - disse Bruno e perguntei-me se ele já tinha tomado o gardenal de hoje dele.
- Tá ficando louco? - a expressão do meu pai e a minha eram de surpresa - Ele falou se casar!
- Eu ouvi! Por mim, tudo bem! - prova de amor!
- Shhhhh! - sibilei para ele - Calado se não ele acredita - gritei e depois percebi que não estava sussurando.
- E é para acreditar, a não ser que você não queira! - disse o Bruno.
- Se eu tivesse 25 eu até casaria né Bruno, eu tenho 19!
- Quer dizer que só quer namorar mas casar não porque eu sou mais velho? - indagou, surpreso.
- Não! Eu disse que sou nova para casar, entendeu?
- Sim, entendi - seu tom era de derrota.
- Não fique assim! Depois que eu completar 20 anos podemos nos casar! - sugeri e seu tom ficou mais alegre, ele pegou-me pela cintura e me rodou até eu ficar tonta.
- Mas eu vou ter que esperar 1 ano? - ficou como uma criança, mas ainda estava feliz.
- Sim, sim! Temos que resolver muitas coisas, vestido, festa, músicas...
- PARE! - gritou meu pai interrompendo-me.
- Que foi pai? - perguntei assustada.
- Ele não vai tirar você de mim!
- Mas você que deu a ideia - hello né pai?
- Foi para ele ir embora, fugir! Não deu certo, mas você não vai se casar aos 20 anos de idade! Vocês são garotos ainda!
- Garota! - disse com enfâse no "ta". Ele pareceu me ignorar.
- Não quero perder você! São crianças! Não estão prontos para casar!
- Claro que estamos pai! - disse.
- Não estão! E se depender de mim, você só se casa depois dos 25, entendeu?
- 25! - repeti, frustada.
- Não importa - me disse Bruno.
- Como não importa? - indaguei.
- Depois resolvemos isso, mas enquanto isso! Namorados e não noivos, pode ser?
- Sim, depois a gente dobra ele! Marido! - brinquei.
- É verdade, minha mulher! - retrucou a brincadeira.
- Eu te amo muito! - eu disse.
- Conta as estrelas do céu, soma com os grãos de areia e multiplica pelas gotas do oceano. Esse é o tamanho do meu amor por você!
- É eu vi isso num livro! - disse.
- É eu sei - brincou e me beijou.
O amor realmente é lindo e maravilhoso.
[Continua...]